segunda-feira, 12 de novembro de 2012

LARINGECTOMIA TOTAL


Laringectomia preocupa profissionais da saúde

Por causa da doença, a laringe e a traqueia são retiradas e para voltar a falar é necessário cirurgia e tratamento


Poucas pessoas sabem o que efetivamente causa o cigarro. O câncer de pulmão é sempre a maior preocupação, mas tem outras doenças que são ainda mais comuns. Laringectomia é o nome da cirurgia feita em quem tem câncer de laringe. A laringe e a traqueia são retiradas do corpo para evitar a propagação da doença. Somente no Hospital Regional do Oeste (HRO), cerca de 10 pessoas fizeram essa cirurgia nos últimos tempos.
É o caso do motorista José Vieira. Ele tirou a laringe há pouco mais de um mês e se não fosse o Grupo de Apoio aos Pacientes Laringectomizados, ele não estaria conversando. “O meu casamento era totalmente o contrário do que é hoje. Minha única vontade era ficar trancado no quarto. Quando participei do grupo, mudou totalmente meu pensamento”, conta emocionado.
Reprodução RIC TV Chapecó/ND Oeste

Seu Pedro aprendeu a falar pelo esôfago
Falando com ajuda do esôfago
A laringe é localizada no pescoço e é nela que se posicionam as cordas vocais. Por isso, seu José tem dificuldade de falar. Hoje ele usa uma prótese, que vibra como se fossem as cordas vocais. Mas não é assim a história do aposentado Pedro Moraz. Ele precisou tirar a laringe há 20 anos e na época não existia a prótese. Com muita força de vontade, ele criou uma nova maneira de falar.
“Naquela época para eu ir ver todos os dias a fonoaudióloga é muito longe. Aí, em casa, eu comecei a praticar na frente do espelho, gesticular com a boca, e a voz começou a sair. Eu comecei a falar mesmo forçando o esôfago”, conta. “Não posso me queixar da minha recuperação”.
A fonoaudióloga Luciara Giacobe Steinmetz explica que falar usando o esôfago é uma alternativa a estes pacientes. “A gente ensina eles a ejetar o ar para o pulmão e o ar vai voltar pelas paredes do esôfago que vão vibrar e vai formar a voz”, ensina.
Ajuda jurídica
Tanto seu José quanto seu Pedro participam hoje do grupo. Eles se reúnem para preparar as pessoas que ainda não fizeram a cirurgia, além de realizarem palestras para mostrar o que pode acontecer com quem fuma ou bebe. O grupo existe há um ano e conta hoje com a fonoaudióloga e com um médico. Porém, esse apoio ainda precisa ser maior. “Muitas pessoas não conseguem a cirurgia porque é muito caro. O SUS não viabiliza e muitos entram na Justiça, mas não tem êxito. Nós precisamos de ajuda jurídica também”, finaliza Luciara.
 Reprodução RIC TV Chapecó/ND Oeste


Cirurgia é uma das alternativas para voltar a falar

Com informações de Beatriz Cerino e Roberto Bortolanza/RIC TV Chapecó.

Publicado em 29/10-16:22 por: Bruna Deitos.
Atualizado em 12/11-20:00















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