segunda-feira, 3 de outubro de 2011

APOIO AO DOENTE ONCOLÓGICO

TESTEMUNHOS: QUEBRAR O SILÊNCIO


Testemunhos: A página da Liga Portuguesa Contra o Cancro tem continuado a receber dezenas de testemunhos de pessoas que partilham a sua experiência de doença oncológica. Este espaço de partilha de histórias de força e de coragem tem-se revelado numa forma de apoio importante para outras pessoas que estão neste momento a viver uma situação de cancro. Em www.ligacontracancro.pt poderá continuar a ler estes e outros testemunhos, bem como partilhar a sua experiência.

António, 56 anos, Cancro da Mama
“(...) Eu tive Cancro de Mama. Sou homem. Pois é, sou homem. Este não é um problema só de mulheres. Não são só as senhoras que sofrem deste mal. Digo, sinceramente, que quando fiz o primeiro alerta sobre a forma, algo estranha, como o meu mamilo estava a desenvolver, e me foi dito para estar descansado que não era nada de preocupar, eu fiquei descansado. Aliás, por essa altura, e estamos a falar, mais ou menos, de 4 anos antes da data da operação, e quando estava numa consulta de Dermatologia, eu, porque sempre me interessei pelos assuntos de saúde em geral, e é óbvio, pela minha em particular, tinha que fazer a pergunta ao médico que me estava a consultar (...) Quero dizer-vos que ao longo dos 4 anos que entremeiam, entre o meu primeiro alerta e o diagnóstico final, eu, mais que ninguém, tenho as minhas culpas, e por isso já fiz várias vezes o reconhecimento da “mea culpa”. Meu Deus, eu olhava todos os dias para o meu corpo, eu via o estado em que estava o meu mamilo (...) Não sejam como eu. Ao mínimo sinal, quando acharem que algo não está bem, queixem-se. Mas façam-no com veemência. Nos dias que correm, todo o cuidado é pouco. Um mês, uma semana, um dia, poderão ser tarde demais (...)”.
Ana Cristina, 45 anos, Cancro da Mama

“Sou uma mulher de entre tantas que, de um momento para o outro, sentiram a sua vida virada do avesso ao ser-me diagnosticado um cancro na mama. Tinha 39 anos, não fumadora, mas "ele" aí estava sem pedir licença. Fundamental para mim, para a minha cura foram o apoio e carinho sentido pela família e amigos. Ir partilhando com eles, sobretudo os passos prévios à mastectomia deu-me uma força enorme e também uma confiança grande de que tudo iria correr `BEM`. Aprendi a viver cada dia com aquilo que cada dia me trazia, lágrimas, tristeza mas também paz, alegria, serenidade. Confiei no médico maravilhoso que me acompanhou. Reconheci o valor das pequenas rotinas. Sobretudo sinto-me mais compassiva com aqueles e aquelas que como eu lutam nesta doença e noutras. Fundamental é prestar atenção aos sintomas, o não deixar arrastar uma consulta, um diagnóstico. Fundamental é permitir que os outros familiares, amigos, nos ajudem a caminhar por esta etapa. Faz toda a diferença!”

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