quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO DO INDIVÍDUO COM LARINGE E DO INDIVÍDUO LARINGECTOMIZADO


Respiração do indivíduo com laringe
O indivíduo com laringe tem suas vias respiratória e digestiva conectadas. Os pulmões formam o reservatório de ar e têm como funções a vital e a fonatória.
O ar vital segue o seguinte trajeto: fossas nasais, rinofaringe, orofaringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões.
A respiração compreende dois tempos, inspiração e expiração. A inspiração deve ser feita por via nasal, porque o ar é filtrado, aquecido e umedecido, para chegar aos pulmões em condições adequadas. A inspiração dever também, rápida, silenciosa e invisível. A expiração, na respiração passiva ocorre por via nasal e na fonação por via bucal, devendo ser suave e prolongada.

Respiração do indivíduo laringectomizado
O laringectomizado é o indivíduo no qual foi feita uma laringectomia total, ou seja, teve a sua laringe cirurgicamente retirada, tendo como conseqüência a separação entre a via respiratória e a digestiva. Devido a essa desconexão, a corrente aérea oriunda dos pulmões será impedida de sofrer vibração (não há mais laringe com cordas vocais) e as estruturas articulatórias de serem atingidas, pois o ar será expulso diretamente na traquéia, permitindo apenas a respiração vital.
A função dos pulmões, no laringectomizado, é exclusivamente vital e o ar pulmonar segue o seguinte caminho: traqueostoma, traquéia, brônquios e pulmões.

Traqueostomia

Principais Cuidados
Não retirar a cânula da traqueostomia.
Limpeza da sub-cânula, cerca de quatro vezes ao dia, com água oxigenada e posteriormente a mesma deverá ser fervida e recolocada.
Quando retirada a cânula, em caso de tosse ou quebra do cadarço, a mesma deverá ser reposta, pelo próprio laringectomizado ou por alguém da sua família; não devendo o mesmo, ficar por muito tempo, sem a referida cânula, pois, poderá acarretar no fechamento da traqueostomia.
Ao ser executada a troca da sub-cânula (no caso de limpeza), tanto na retirada como na introdução, seguir as orientações:
- Ao retira-la: manter a fenda existente na sub-cânula, no mesmo nível da haste existente na cânula e neste caso, retirar, suavemente, a sub-cânula.
- Ao introduzi-la: colocar a sub-cânula no orifício da cânula com manobras delicadas e procurar coincidir a fenda da sub-cânula na haste da cânula e a seguir, um leve giro na sub-cânula para que a mesma não se despenda da cânula.
Deve-se usar um protetor para a cânula traqueal, a fim de que o ar penetre nos pulmões úmido e aquecido, pois, se este penetrar com baixa temperatura (temperatura bem diferente da do seu corpo) poderá causar resfriados freqüentes. Deve-se ter o cuidado em não obstruir o estoma traqueal. Para o homem recomenda-se o uso de camisa abotoada ao pescoço; protetor tipo aventalzinho com um cadarço preso ao pescoço. Para a mulher recomenda-se o uso de lenço no pescoço, blusas com gola e também o aventalzinho.

Higiene
Deverá ser feita, diariamente, com solução de cepacol ou outra, tipo antisséptica.
A pele em volta do orifício da traqueostomia deverá ser lavada, também diariamente. Se houver formação de crosta, a pele deve ser lubrificada com produtos prescritos pelo médico.
No banho de chuveiro são necessários cuidados especiais para impedir a entrada de água na traqueostomia. É conveniente usar babadouro de plástico, ajustado no pescoço, tendo o cuidado para não fechar o estoma traqueal.
O banho de mar não é recomendado porque o laringectomizado poderá afogar-se, sem molhar o rosto.

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